Esta semana é de leitura nas escolas. O livro é uma constante no programa intensivo de propostas e actividades pedagógicas e lúdicas.
Parafraseando o escritor Francisco José Viegas numa visita a uma escola de Amares, os livros fazem bem à saúde e deviam ser vendidos nas farmácias com receita médica. A constatação que a leitura melhora alguns problemas é clínica. Por isso, os médicos deviam começar a prescrever livros aos seus pacientes.
A prática da biblioterapia devia substituir-se aos anti-depressivos e aos ansiolíticos cuja receita está em escolher conteúdos, tipos de texto, tamanho e ritmo de leitura, adequados, para o resultado pretendido.
Por exemplo, a leitura adequada para insónia é mais lenta e repetitiva. Já muitas ficções romanceadas podem ajudar na resolução de conflitos pessoais, e por isso estão indicadas em diferentes problemas psiquiátricos. Alguns psicóticos, como portadores de esquizofrenia, têm uma excelente adaptação a poesias e outros textos altamente simbólicos.
Fica a receita: para grandes males, grandes remédios.
Boas leituras!
(in Correio do Minho)
Lê a crónica e pensa na importância da leitura no nosso dia a dia.
A leitura como "remédio" para vários males. A leitura como modo
de vivenciar e sentir outros mundos, outras realidades.
Convido-te à leitura do "Manifesto Anti leitura" :
“…E temos de falar das bibliotecas, essas casas sombrias onde o vício é permitido.”
“Quem lê ainda por cima diverte-se! Entretém-se!
A ler, os leitores viajam! E aprendem! E refletem! E riem!
E choram! E sonham!”
MANIFESTO ANTI-LEITURA“Quem lê ainda por cima diverte-se! Entretém-se!
A ler, os leitores viajam! E aprendem! E refletem! E riem!
E choram! E sonham!”
José Fanha nasceu em Lisboa e licenciou-se em arquitetura. Porém, é muito mais conhecido como inspirado poeta e declamador, animador cultural por excelência, criativo por vocação, interventivo até dizer basta. É autor de contos e de poesias para crianças, dramaturgo e ator. Foi professor do ensino secundário, é mestre em Educação e Leitura e doutorando na área da História da Educação e da Cultura Escrita.
Tendo como modelo e inspiração o Manifesto Anti-Dantas, célebre texto de Almada Negreiros onde, pela mordaz ironia, este zurze o academismo e o tradicionalismo instalados, sobretudo na pessoa e na obra do escritor Júlio Dantas, José Fanha construiu o Manifesto Anti-Leitura, igualmente corrosivo e irreverente, sobretudo nestes tempos em que a crise serve de desculpa para oficialmente a cultura ser posta em causa.
Pelo seu óbvio interesse e oportunidade, e com a justa e devida vénia para com o seu autor, aqui se partilha esta magnífica criação de José Fanha.
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